
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), popularmente conhecido como autismo, é um transtorno de desenvolvimento
que, segundo a ONU, atinge cerca de 70 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, a estimativa é que existam cerca de 2
milhões de autistas.
Dia 02 de Abril é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, mas durante todo o mês ocorrem ações que
fomentam debates que falam sobre as dificuldades do transtorno e incetivo a políticas públicas que promovam a
inclusão do autista na sociedade.
Até os anos 80, fatores ambientais eram considerados as principais causas do autismo. Hoje, há estudos que
consideram que os fatores genéticos são as maiores causas desse transtorno, (estimados entre 97% e 99%, sendo 81%
hereditário — e ligados a mais de 900 genes).
Esse transtorno é caracterizado por déficit na comunicação social (socialização e comunicação verbal e não verbal) e
comportamento (interesse restrito e movimentos repetitivos). E utiliza-se "espectro" por haver vários subtipos desta
condição, inclusive existem pessoas que vivem suas vidas de maneira comum, sem nunca ter sido diagnosticada como
autista.
Tratamentos e Sinais
Os primeiros sinais de autismo podem aparecer a partir de um ano e meio de idade, em alguns casos até antes. E o
diagnóstico ocorre entre o segundo e o terceiro ano de vida da criança. E, mesmo que não exista uma cura para essa
condição, quanto antes começar o tratamento - ainda que não tenha um diagnóstico fechado e que seja apenas uma
suspeita clínica -, as chaces de melhorar os sinais do autismo aumentam, logo a qualidade de vida dessa criança
também melhora.
Alguns sintomas listados abaixo são sinais do autismo e uma criança de um ano e meio que apresenta 03 destes
sintomas, deve se indicado para médico neuropediatra ou psiquiatra da infância e da juventude para que seja feito um
acompanhamento de perto, com testes específicos.
- Não manter contato visual por mais de 2 segundos;
- Não atender quando chamado pelo nome;
- Isolar-se ou não se interessar por outras crianças;
- Alinhar objetos;
- Ser muito preso a rotinas a ponto de entrar em crise;
- Não brincar com brinquedos de forma convencional;
- Fazer movimentos repetitivos sem função aparente;
- Não falar ou não fazer gestos para mostrar algo;
- Repetir frases ou palavras em momentos inadequados, sem a devida função (ecolalia);
- Não compartilhar seus interesses e atenção, apontando para algo, ou não olhar quando apontamos algo;
- Girar objetos sem uma função aparente;
- Interesse restrito ou hiperfoco;
- Não imitar;
- Não brincar de faz-de-conta.
O tratamento deve ser multidisciplinar: médicos, fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas e pedagogos. Remédios só são indicados para quadros mais graves que apresentam agressividade ou que apresentem doenças paralelas, como depressão. Caso tenha dúvidas, procure um neuropediatra ou psiquiatra da infância e da juventude.