28/10/2025
Vigilância em saúde mental: quando exames laboratoriais podem ajudar no diagnóstico de ansiedade, depressão ou burnout
Com o aumento das demandas emocionais e a rotina acelerada, cuidar da saúde mental tornou-se essencial para manter o equilíbrio e o bem-estar. Sintomas como cansaço excessivo, alterações no sono, irritabilidade, tristeza persistente e falta de concentração nem sempre são apenas estresse, podem ser sinais de transtornos como ansiedade, depressão ou burnout.
Nesse contexto, a vigilância da saúde mental vai além da escuta atenta: exames laboratoriais podem ser aliados importantes no processo diagnóstico, oferecendo subsídios objetivos para uma avaliação médica integral e mais assertiva.
Por que a saúde mental também pode ser observada em exames?
Embora ansiedade, depressão e burnout sejam condições de origem emocional e psicológica, muitas vezes elas se manifestam com desequilíbrios bioquímicos ou hormonais que podem ser detectados por meio de exames laboratoriais.
Esses desequilíbrios não determinam o diagnóstico por si só, mas contribuem para a compreensão do quadro clínico do paciente, especialmente quando há sintomas persistentes sem causa aparente. Em conjunto com a avaliação clínica, os resultados laboratoriais ajudam a identificar ou excluir fatores físicos associados aos sintomas emocionais.
Principais exames que auxiliam na investigação de sintomas mentais
Alguns exames laboratoriais são úteis para investigar causas orgânicas relacionadas à saúde mental:
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Cortisol: conhecido como o “hormônio do estresse”, seus níveis alterados, especialmente quando cronicamente elevados ou muito baixos, podem indicar sobrecarga emocional e exaustão, comuns em quadros de burnout e ansiedade.
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Função da tireoide (TSH, T3 e T4): alterações hormonais tireoidianas podem causar sintomas semelhantes aos da depressão ou ansiedade, como fadiga, desânimo, insônia e agitação.
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Vitamina B12 e Vitamina D: a deficiência dessas vitaminas está relacionada à queda de energia, alterações no humor, dificuldade de concentração e sensação de tristeza.
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Ferritina: níveis baixos de ferritina (reserva de ferro) podem causar fadiga intensa, desânimo e prejuízos cognitivos, sendo um diferencial importante em sintomas depressivos.
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Marcadores inflamatórios (PCR, homocisteína): há evidências de que processos inflamatórios de baixo grau estão associados a transtornos mentais, como depressão.
Esses exames não substituem a escuta psicológica, mas atuam como instrumentos complementares de cuidado integral, especialmente quando aliados a um olhar clínico humanizado.
A importância da avaliação médica integrativa
Interpretar exames laboratoriais exige um olhar atento e personalizado. Um resultado fora do padrão de referência nem sempre significa doença, assim como resultados “normais” não descartam sofrimento emocional.
Por isso, o ideal é que esses exames sejam solicitados e avaliados por profissionais da saúde em uma abordagem integrativa, que leve em consideração o histórico do paciente, seu estilo de vida, hábitos alimentares, contexto emocional e relações sociais.
Essa avaliação conjunta permite entender o paciente como um todo, favorecendo intervenções mais eficazes, seguras e humanizadas.
Quando buscar ajuda? Entenda os sinais
É comum que sintomas emocionais sejam ignorados ou minimizados. No entanto, alguns sinais merecem atenção:
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Sensação de esgotamento constante;
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Queda repentina no rendimento profissional;
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Alterações de sono ou apetite;
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Dificuldade de concentração;
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Crises de choro sem motivo aparente;
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Irritabilidade excessiva;
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Sentimento de incapacidade ou desvalia.
Perceber esses sintomas e buscar ajuda precoce pode evitar que o quadro se agrave. A vigilância em saúde mental envolve cuidado contínuo e isso inclui acompanhamento médico, psicológico e laboratorial.
Conexão entre saúde mental, ambiente de trabalho e qualidade de vida
Empregadores e profissionais de RH também devem estar atentos à relação entre saúde emocional e desempenho no trabalho. O burnout, por exemplo, é uma síndrome psíquica reconhecida pela OMS, associada ao esgotamento profissional.
Ambientes que promovem escuta ativa, respeito às pausas, incentivo ao autocuidado e acesso à saúde preventiva geram colaboradores mais saudáveis, produtivos e engajados.
Nesse cenário, a realização de exames laboratoriais periódicos pode ser uma ferramenta de apoio à saúde corporativa. Programas de bem-estar que incluem avaliação emocional e física demonstram preocupação com o colaborador de forma integral.
Um laboratório parceiro da saúde emocional
O Unilab acredita que cuidar da saúde mental é também investir em prevenção. Por isso, oferece exames laboratoriais que podem auxiliar no diagnóstico e acompanhamento de transtornos emocionais, sempre com orientação profissional e atendimento humanizado.
Se você tem vivenciado sintomas de ansiedade, depressão ou exaustão, procure ajuda. E lembre-se: saúde emocional é parte da saúde como um todo e merece a mesma atenção.
Unilab 40 anos: Nossa história é cuidar da sua.